
Você ainda tem um agente de viagens? Ou ainda é um?
Ou acha que um agente de viagens é algo em extinção?
Acredito que muitas pessoas se perguntam da real necessidade de um agente de viagens, uma vez que com o acesso à internet e suas tecnologias tão amigáveis é possível comprar tudo (ou quase) on-line.
Então vejamos alguns contrapontos em relação a afirmação acima:
– nem todos se sentem à vontade em colocar seus dados pessoais (especialmente cartão de crédito) na internet. Esse receio vai diminuindo ao longo do tempo, quem já nasceu e cresceu no mundo digital dificilmente tem esse sentimento;
– não é tão fácil adquirir alguns produtos/serviços turísticos on-line. Ainda existem fornecedores na cadeia turística que ainda não funcionam no mundo digital;
– o preço de um serviço adquirido através de um agente de viagens pode ser mais vantajoso. Em função de volume de vendas, vários fornecedores repassam condições vantajosas que podem se tornar uma redução no valor ofertado, ou em uma condição diferenciada de pagamento, ou benefícios;
– experiência com todos os aspectos que envolvem uma viagem. É comum passageiros que compraram sua viagem na internet enfrentarem dificuldades por não terem tido todas as informações esclarecidas. Vamos combinar que ninguém lê os termos e condições de venda, e marcam que aceitam apenas para poder prosseguir com o processo de reserva;
– viagens de inspeção, participação em treinamentos e eventos, contato com fornecedores locais e outros investimentos feitos ao longo da vida profissional e pessoal do agente de viagens se traduzem em um conhecimento que poucos viajantes podem obter apenas com viagens de férias e leituras na internet;
– tempo para organizar, planejar, acompanhar todo um projeto de viagem. Nem todo mundo hoje tem tempo e paciência para navegar e decidir em função de observações de terceiros como fazer sua viagem. 90% dos clientes estão dispostos a pagar mais por experiências personalizadas (segundo estudo da Zendesk https://www.zendesk.com.br/customer-experience-trends/#report);
– a responsabilidade e o compromisso legal entre o viajante e os fornecedores. Ao comprar na internet o passageiro pode estar exposto e sem a cobertura que o Código de Defesa do Consumidor oferece. Apenas empresas que possuem registro/endereço no Brasil estão sujeitas a nossa legislação;
– querer ter uma interação com uma pessoa. Ainda segundo o estudo da Zendesk, 76% dos clientes dizem que esperam se envolver com alguém imediatamente ao entrar em contato com uma empresa. Sabemos que em compras online isso é muito difícil;
– a percepção dos clientes sobre a qualidade do atendimento no setor de turismo (ainda no mesmo estudo acima), 54% afirmam que a qualidade no atendimento parece estar em segundo plano. Preocupante não? Mas o estudo não esclarece se esse atendimento é decorrente do uso de plataformas ou no atendimento com uma pessoa do outro lado.
Em função da pandemia muitos profissionais com os quais tive contato ou trabalhei, abandonaram o turismo pois precisavam garantir o sustento e as condições durante e pós restrições, uma vez que o mercado praticamente parou.
Eu quase abandonei o turismo! Mas acredito que estou conseguindo um espaço onde todo meu conhecimento não será deixado de lado. Isso levou um tempo maior do que gostaria, pois exigiu pesquisa, estudos, tentativas frustradas, muita resiliência, foco e persistência.
Sei que os agentes de viagens que tiveram que recomeçar praticamente do zero, ainda precisam de alguns esforços para voltar a ter um equilíbrio no volume de vendas e receitas. Tudo que mencionei acima me faz acreditar que É POSSÍVEL, que EXISTE ESPAÇO para um agente ter uma carteira de clientes satisfeitos, que retornam e indicam. E o projeto que vem por aí em parceria com a Andrea Azem é a concretização dessa aposta.
APOSTAMOS NO AGENTE DE VIAGENS! Em breve mais detalhes!
Você é agente? Acredita nos pontos que destaquei acima?
Você é viajante e tem um agente por conta de algumas das questões acima? Ou discorda de todos os pontos e segue comprando toda sua viagem online?
Comenta aqui!